heeey apple :B

" (...) Por que no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia. "





segunda-feira, 28 de junho de 2010

Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia.



Quando eu saí de uma importante depressão, eu disse a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava deveria existir em algum lugar do planeta. Nem se fosse apenas dentro de mim... Mesmo se ele não existisse em canto algum, se eu, pelo menos, pudesse construi-lo em mim, como um templo das coisas mais bonitas em que eu acredito, o mundo seria sim bonito e doce, o mundo seria cheio de amor, e eu nunca mais ficaria doente. E, nesse mundo, ninguém precisa trocar amor por coisa alguma porque ele brota sozinho entre os dedos da mão e se alimenta do respirar, do contemplar o céu, do fechar os olhos na ventania e abrir os braços antes da chuva. Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto. Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo. Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas.

( Rita Apoena )

domingo, 27 de junho de 2010

Por mais que eu lutasse para não pensar nele, eu não lutava para esquecê-lo.


Eu sempre me lembro daquele dia, e você? Acredito que ele não tenha feito tanta diferença pra você, quer dizer, ele te libertou e isso importa né? O dia em que você largou a louca que te amava mais que tudo nesse mundo, é, se existir alguma memória sua desse dia ela deve ser assim. Mas você sabe o que significou pra mim? Imagina como eu me lembro desse dia?

O dia de sua salvação foi o mesmo que o da minha prisão. Fui presa em meio a um milhão de lembranças que até hoje fazem meu coração sangrar quando menos espero, e não é drama pensar assim, seria se doesse o dia todo, alias, isso seria doença, mas eu vivo bem sem você quando estou rodeada de pessoas, existem muitas pessoas bem melhores que você por ai, elas me distraem, me fazem sorrir e eu não sinto a sua falta com elas. Isso é muito bom.
Mas todo mundo um dia vai embora e ai quando eu me pego sozinha, sem ter pra onde ir, trancada na minha prisão, eu observo um raio de luz entrando pela janela e ele tem o brilho dos seus olhos e traz um monte de lembranças, ai eu sinto sua falta como se você tivesse ido embora há muito tempo e isso dói cada parte de mim, até aquelas que eu nem sabia que podiam sentir sua falta.
Hoje é um desses dias em que eu me sinto sozinha, querendo você, sentindo meu corpo, minha alma e meu espírito gritando por você, chorando por você, morrendo por você, e o raio de sol esta ficando cada vez mais fraco, as lembranças estão sumindo aos poucos e eu tenho medo de que logo tudo que desapareça e minha prisão se torne um processo terminal.
Agora sim, pode me chamar de dramática, eu sei que você vai, mesmo sabendo que eu estou sendo o mais sincera possível. Você sabe se eu não tiver ao menos suas lembranças eu não posso viver.
Apareça meu sol, traga de volta aquele dia em que você me deixou aqui, sem chão, traga de volta, porque eu suporto melhor a dor de te ver partir do que de te perder pra sempre e por completo.


( Bruna Bianconi )

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto.


Tudo isso dói.

Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois.
Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto:' Tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é? ' É o que estou tentando vivenciar.
Certo, muitas ilusões dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis,becos-sem-saída.
Nada é muito terrível. Só viver,não é?
A barra mesmo é ter que estar vivo e ter que desdobrar, batalhar um jeito qualquer de ficar numa boa. O meu tem sido olhar pra dentro, devagar, ter muito cuidado com cada palavra, com cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora. Até que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e passem a fluir.
Porque não estou fluindo.

( Caio Fernando Abreu )


estou totalmente Caio. FATO!




Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.


Chorei três horas, depois dormi dois dias.Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total.


( Caio Fernando Abreu )

sábado, 19 de junho de 2010

Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar.


(...) Se eu tivesse que contar hoje minha vida para alguém, poderia fazê-lo de tal maneira que iriam me achar uma mulher independente, corajosa e feliz. Nada disso: estou proibida de mencionar a única palavra que é muito mais importante que os onze minutos - amor.

Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida.É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido. Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma - encontrando um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que bobagem é essa que estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi os homens pelos quais me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.


( Paulo Coelho )

sexta-feira, 18 de junho de 2010


Eu gosto de como você se empresta para a minha vontade de sentir de novo. Saio da sua casa feliz porque estava frio e roubei uma blusa com duas respingadas velhas e já lavadas de óleo.
Eu gosto da sua barriga porque você consegue a santíssima trindade da barriga perfeita: velho, intelectual, sarado. Você tem aquela pele já meio descolada dos ossos e isso me enlouquece. É o vão de quem viveu mais. É o labirinto onde eu fico quando você acha que eu não estou ali. Entre seus ossos e músculos.
Você é um preguiçoso, espalhado tão elegantemente com as cuecas largas, em seu sofá com almofadas de mocinha. Absurdamente animado com milhões de coisas maravilhosas que você lê ou escuta pela metade, querendo saber tudo ao mesmo tempo pra esquecer mais rápido e de uma vez. Querendo não saciar das coisas, pra caber mais do resto todo que nunca chega. Você tem a noção mais bonita de insuficiência e exagero que já vi. Você tem o desapego pós empolgação menos levado a sério que já vi. Mas isso tudo é escondido pelos seus olhos de desligamento. É quase desinteressante o seu funcionamento, não fosse tão digno de me emprestar um pouco de umidade pra secura que trago da rua.
Você tem todos os gominhos no lugar como se fosse um garoto de academia. Isso me faz rir embaixo do edredom, olhando a tirinha suicida do meu sutiã que se jogou solitária e antes da hora. Você fez a escolha da vida dos homens desgastados e pra dentro, mas é como se os deuses te mandassem, ainda assim, doses diárias de uma beleza que me surpreende a cada vez que tento te transformar em qualquer coisa da minha tarde. Não precisa pente, banho, esteira, sol, peso, gilete. Você acorda naturalmente com a beleza que eu só tenho, ao acordar, se acordar duas horas antes.
Eu gosto de você porque são tantos milhões de coisas que você sabe, mas você fritou e não diz nada. Você sabe tanto que tem preguiça. Eu percebi que minha ansiedade é a típica da garota boba que leu nove livros, sabe de sete músicas, viu quatro filmes, conhece dois lugares e acha que ainda ama um homem. Quem sabe mesmo, nem começa a dizer. É tanto que dá preguiça. Seria uma vida a dizer mas você já esqueceu ou dormiu no meio. Você precisa sim da sua biblioteca que dá cinco voltas no teto pra ser amado. Mas precisar disso te enche da vontade deliciosa de deixar o que a gente precisa pra lá.
Você faz com você o que faz com todos os livros. Para na metade. Assim sobra tempo de assassinar minha roupa e depois dormir enquanto eu conto os pedaços pela casa. Meus e das minhas histórias.
Então eu gosto de você, de novo, porque não falamos nada. Você porque dormiu de novo ou quer demais. Eu porque quero de novo ou dormi demais. Você porque sabe muito. Eu porque não sei porra nenhuma.
E o portão enorme de vidro se fecha com você meio curvado, malditas costas. Faz minha vigília até o carro como um pai e isso me dá vontade de voltar. Parece errado, mas pra mim, pros defeitos que me formaram e por isso mesmo é só o que posso sentir quando sinto sem script, sinto que as plantas estão onde deveriam. E meu carro, e tudo. Se encaixa. Eu sou o senhor cabeça de batata esperando seu bigode encaixar em mim pelas mãos das crianças que nunca deixam de brincar com os velhos brinquedos de verdade. De novo, levando a pureza bem a sério pra pelo menos existir um pouquinho em meio a tudo isso. E eu, você não sabe como te agradeço, vou escutar música alta no carro e nem reparar que o sinal abriu.


( Tati Bernardi )

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.


Todo dia eu acordo e me separo de você. Levanto, guardo os sonhos na gaveta da velha cômoda e troco o pijama. Saio de casa em rotineira condição. Reparo em minha própria sombra no chão e sinto falta da outra que sempre esteve ali ao lado. Como distrair o pensamento de algo que se quer pensar, mas não se deve? Como amordaçar o que se sente para não mais sentir? Não sei.
Todo dia eu acordo e me separo de você. Sigo meu caminho e busco outros prazeres. Preencho as lacunas de pensamento com chocolate e televisão. Troco os móveis de lugar para que nada me lembre o que eu não devo lembrar. E diante do espelho me convenço de que tudo isso é essencial. Chega uma hora, na vida, que temos que adotar certas medidas de segurança. É quando percebemos que só nós podemos nos salvar. Então, fica combinado assim: eu me salvo e você se salva. E a gente se vê qualquer dia. No último instante da história ou, quem sabe, nunca. Só em sonhos. Daqueles que guardamos nas gavetas da velha cômoda.
Todo dia eu acordo e me separo de você. Pago contas, anoto recados, vou ao cinema, pego transito e pareço seguir em frente. Me separo de você e de tudo o que eu não quero mais viver. E encerro qualquer possibilidade de diálogo que possa nos fazer voltar atrás. Pois o tempo não se curva. E já não somos mais os mesmos. Faz tempo.
E todo dia eu acordo de me separo de você mais um pouco...enquanto passam os anos...nove, dez...o tempo sorri do meu esforço diário. E já não tenho notícias suas. E já não sei o que dizer quando me perguntam "e fulano que fim levou?". E percebo que aprendi a adestrar os pensamentos e lidar com as mordaças adequadas aos arredios sentimentos.
E assim, todo dia eu acordo e me separo de você de novo. E preencho mais gavetas, com mais sonhos improváveis. Porque chega uma hora, na vida, que temos que adotar certas medidas de segurança. E ando pelas ruas somente com a minha sombra e tudo parece estar no seu lugar. Pareço seguir em frente. E, assim, vou me separando de você, em frações de tempo, todo dia de manhã quando acordo.
O problema é que toda noite eu adormeço e me caso com você de novo.

( Maíra Viana )

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma; até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para... ' ♪



Outra dor de perda é quando a pessoa que se ama se vai. Nesse caso existe uma mistura de dor de orgulho e dor de medo de se ficar sozinho, muitas vezes porque o que existia não era realmente amor, mas uma dependência emocional do outro. Dor de orgulho, porque ninguém nessa vida foi feito pra perder. Dor de ter sido deixado, dor de rejeição, que chega a doer até fisicamente. Não adianta dizer nesse momento que "quando se perde um ônibus vem dez atrás", porque a pessoa vai te dizer que o que perdeu era justamente aquele que queria. Mas quando o tempo cura essa ferida (e o tempo cura todas as feridas!) e o coração começa a bater mais forte por outra pessoa, aí então a gente esquece. E ninguém precisa ter medo de ficar sozinho, pois só vai ficar sozinho quem não se abrir a novas possibilidades.


Vive muito melhor dor de perda quem sabe que fez a sua parte. Ainda vai doer, mas de maneira bem diferente.

( Letícia Thompson )

Vou sentir saudades, mas eu prefiro ver você feliz. amovocê.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

mas histórias mal acabadas não morrem.



Ela não sabia mais sofrer. Ela não sabia mais o que pensar e foi exatamente por isso que tomou a decisão de não ter mais que pensar em nada. Ela queria todos os prazeres dessa porcaria de vida, mesmo que estes prazeres viessem junto com todas as dores. Ela queria se amar um pouquinho mais e mandar pra casa do caralho as pessoas todas que não souberam a amar como ela merecia ...

( Rani Ghazzaoui )

terça-feira, 15 de junho de 2010

(...) eu não dou conta do meu coração que quer muito.






Dei meu sonho para você e esqueci que o sonho era meu. Mas sei que agora cresci. Virei outra. Talvez até a mesma, mas com outro olhar azul.

( Fernanda Mello )

Eu sou o antes, eu sou o quase, eu sou o nunca. E tudo isso ganhei ao deixar de te amar.



A verdade é que me enchi, de você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser.
Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar?
Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando.
Bom é isso, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes...

( Fernanda Young )

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Fico com medo. Mas o coração bate.



(...) Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore. Seu coração não bateu no peito, o coração batia oco entre o estômago e os intestinos.(...)

( Clarice Lispector )

Sexo é escolha, amor é sorte. ♪


Você disse? Eu te amo. Eu não quero viver sem você. Você mudou a minha vida. Você disse? Faça um plano, tenha um objetivo. Trabalhe para alcançá-los, mas de vez em quando, olhe ao seu redor e aproveite, porque é isso. Tudo pode acabar amanhã.

( Grey's Anatomy )

Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo...



Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele (...)

( Caio Fernando Abreu )

domingo, 13 de junho de 2010

Eu só quero ser eterno pra você. ' ♪


No meio do nada, você apareceu. Me olhou, sorriu, e eu fiquei muda. Muda. Você e o seu sorriso lindo. Eu e minha falta de palavras. Eu te olhava e você caminhava. Caminhava em minha direção e sorria. Falta de espaço, falta de frases, falta de ar. Ai, meu Deus, me deixa viver agora. Eu preciso morar, dormir e acordar com esse sorriso. Esse sorriso lindo que duraria uma vida se você quisesse. E você não parava de sorrir e apertava os olhos. Grave. Grave! Seus olhos rasgados, me olhando. Seu sorriso de um minuto, dez anos, cinco horas. Você parou de repente e tudo em volta também. Parecia um filme. Um filme que eu nem sabia a fala. Mas eu não tinha fala e você me olhava. Vai, engole esse sorriso que não é seu. Come as palavras dele. Se alimenta. E lá estávamos nós. Mudos. E nosso silêncio que tanto dizia.

(Viramos letra)
 
 
( Fernanda Mello )

sábado, 12 de junho de 2010

No travesseiro, meus pensamentos são seus ...




Porque metade de mim é amor

E a outra metade... também.

( Oswaldo Montenegro )

Feliz dia dos namorados amor "." saudades de você.

Porque eu sei que é amor eu não peço nada em troca; porque eu sei que é amor eu não peço nenhuma prova. Mesmo que você não esteja aqui o amor está aqui agora. Mesmo que você tenha que partir o amor não há de ir embora. Eu sei que é pra sempre enquanto durar, e eu peço somente o que eu puder dar.
Porque eu sei que é amor, sei que cada palavra importa; porque eu sei que é amor, sei que só há uma resposta. Mesmo sem porquê eu te trago aqui, o amor está aqui comigo. Mesmo sem porquê eu te levo assim, o amor está em mim mais vivo. 
Porque eu sei que é amor. ' ♪

( Porque eu sei que é amor - Titãs )


O coração tem razões que a própria razão desconhece.


De tudo ao meu amor serei atento,
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento.
E em seu louvor hei de espalhar meu canto,
E rir meu riso e derramar meu pranto,
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama,

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama,
Mas que seja infinito enquanto dure.


( Vinícius de Moraes )

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Você saiu, mas a porta ainda está aberta.

(...) Todas as vezes na vida que eu falei em absolutismos eu sabia que estava mentindo porque, pra mim, tudo sempre é imediato, porque eu não tenho a mínima paciência de não ser mimada...
Mas sempre, sempre, cinco minutos depois, tudo passa. Nunca menos e raramente mais do que isso, cinco minutos, e tudo vai embora porque é assim, as coisas têm que passar, os dias têm que mudar, os ares têm de ser novos e a vida continua, com ou sem qualquer um.
Só que esse sempre foi e ainda é o seu problema. Não ser o um que não faz falta, não ser a noite perdida num canto de um balcão qualquer, não ser o beijo de hálito gelado, tesão quente e vontade limitada. O seu problema, é ser um problema sem solução. É ser vontade pra mais de anos, é ser virtude pra uma vida inteira, é ser idealizado porque há tanto tempo eu, você e o mundo que nos cerca, separados, esperamos tanto...
Pra mim, é difícil aceitar e entender que eu tentei te deixar pra trás, como todo o resto, mas não consegui. É difícil olhar os fatos, comprovar as dificuldades, ter preguiça, sentir cansaço, doer, arder, ferver e, mesmo assim, não conseguir te colocar dentro de um prazo. Seu prazo de validade não venceu em cinco minutos...

( Rani Ghazzaoui )

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Para quem me odeia ...


Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro.
É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira.
Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim.
Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado. Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito.
Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço. Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você.
E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos.
Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível.
Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco.
Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando. Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.
Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor. E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas:
Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado. Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica. Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.
Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.

Com amor, da sua eterna.

( Fernanda Young )

Estas alegrias violentas tem fins violentos falecendo no triunfo, como fogo e pólvora que num beijo se consomem.

O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível. Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma. Passa de modo inconstante, com guinadas estranhas e calmarias arrastadas, mas passa. Até pra mim.

( New Moon - Stephenie Meyer )

Não tenho palavras pra agradecer Tua bondade, dia após dia me cercas com fidelidade.



Obrigado, Senhor, Por mais um dia que me dás, Pelo alimento à minha mesa, Pela família da qual sou parte, Por amar aos meus irmãos, Por buscar sempre ser justo, Por saber perdoar as ofensas, Pela consciência das minhas faltas. Obrigado, Senhor, Por crer em Ti, Por amar a tua Lei, Pelo bem que pude praticar, Pelo mal que eu soube evitar.
E porque me deste a Fé, Me alimentas a Esperança, E me fazes filho da tua Caridade, Por tudo, enfim,
Obrigado, Senhor!

Súplica ao Senhor Jesus.



Fazei, Senhor, que os nossos passos avancem lado a lado, que as nossas mãos se unam em comum, que os nossos corações pulsem juntamente, que o nosso íntimo tenha os mesmos sentimentos, que do nossos espírito se eleve o mesmo pensamento, que os nossos ouvidos escutem o mesmo silêncio, que os nossos olhos se procurem, se encontrem e se fundam num só olhar, que os nossos lábios se unam para juntos suplicar, ao Pai do céu, misericórdia!

Amém.





Senhor, escutai as minhas preces!

quarta-feira, 9 de junho de 2010


Ela sabe que vai se machucar, ferir, doer, chorar, mas não consegue se manter distante, não consegue parar de querer aquela companhia, aqueles beijos. Sente que o tempo vai se esgotando, ela sente o peito pequeno. Dói tanto, mas continua, cegamente, como se estivesse indo de guarda-chuva numa ventania, com os olhos fechados, cabelo ao vento, coração cortado.

( Autor Desconhecido )

Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas… uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim.

Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada.Eu sei,não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Telvez este seja o ponto. Talvez eu Não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu patio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem seqüelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.


( Martha Medeiros )

terça-feira, 8 de junho de 2010

Aprendizados são pra vida toda, mas amor unilateral na vida da gente uma só vez é suficiente.



Ela também teve seu coração machucado. Dilacerado, imagino. Normal. Desse mal, meu bem, ninguém escapa. Mas o bom disso tudo é que agora consigo abrir meu coração sem rodeios. Sim, amei sem limites. Dei meu coração de bandeja. Sim, sonhei com casinhas, jardins e filhos lindos correndo atrás de mim. Mas tudo está bem agora, eu digo: agora. Houve uma mudança de planos e eu me sinto incrivelmente leve e feliz. Descobri tantas coisas. Tantas, Tantas. Existe tanta coisa mais importante nessa vida que sofrer por amor. Que viver um amor. Tantos amigos. Tantos lugares. Tantas frases e livros e sentidos. Tantas pessoas novas. Indo. Vindo. Tenho só um mundo pela frente. E olhe pra ele. Olhe o mundo! É tão pequeno diante de tudo o que sinto. Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa. Descobri, ou melhor, aceitei: eu nunca vou esquecer o amor da minha vida. Nunca. Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama!

( Fernanda Mello )

♪' Take me away, make me a holiday; delirious!



Você sabe que essa noite estou me sentindo um pouco fora do controle. Essa sou eu? Você quer ficar louco? Porque eu não dou a mínima...
Estou fora do caráter; Estou em forma rara (...)
Estou fazendo coisas que normalmente não faria, meu antigo eu se foi, me sinto nova em folha. E se você não gosta disso, foda-se.
Eu não sou eu mesma hoje à noite. (...)
Estou dançando muito, tomando doses, me sinto bem. Estou beijando todos os garotos e garotas. Alguém chame o médico, porque eu perdi a cabeça.(...)
A música está tocando e eu estou dançando, eu normalmente fico no canto, só esperando. Estou me sentindo incomum. Eu não me importo, porque essa é a minha noite. (...)
De manhã quando eu acordar eu voltarei a ser a garota que eu costumava ser, mas, amor, não esta noite. Eu não sou eu mesma hoje à noite.(...) É, isso é bom! Eu precisava disso. Fique louco. Vamos lá! É isso aí. Venha! Me dê isso agora, não pare.

( Christina Aguilera )

Não importa o quanto algo nos machuca, às vezes se livrar dele dói mais ainda.



Você pode desperdiçar sua vida construindo barreiras e fronteiras ou então você pode viver ultrapassando-as. Mas há algumas que são perigosas demais para serem cruzadas. E aí vai o que eu sei: se você estiver disposto a se arriscar, a vista do outro lado é espetacular.

( Meredith Grey )

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Talvez eu passe um tempo longe da cidade, talvez eu volte cedo, ou não volte mais... ' ♪



Sei que todos algum dia acordamos com a senhora desilusão sentada na beira da cama. Mas a gente vai à luta e inventa um novo sonho, uma esperança, mesmo recauchutada: vale tudo menos chorar tempo demais. Pois sempre há coisas boas para pensar. Algumas se realizam. Criança sabe disso...

( Lya Luft )

Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício. Acho medonho alguém viver sem paixões.



Nada me sacia. Só a boca macia, aveludada, de uma imagem diáfana e carnal. Cultuo a beleza e o cheiro e a forma. A Lua uiva. Mas são os cães gemendo, os gatos no telhado, os bichos encantados. A noite tem estrelas. Muitas. E o desenho dele enquadrado na moldura da janela bem poderia ser um Renoir ciber eletrônico digital. Ele está nu e acordado ainda. A pele brilha em alta definição. Mas o que mais me excita, o que mais nos faz próximos, é o que ele exala. Algo natural vem da pele bruta. E lapida meu diamante.Não consigo resistir ao apelo do que paira no ar. É belo demais e pede para ser tocado, engolido, devorado. E não resiste. Nos meus braços se desmancha quando o pego por trás e o invado pouco a pouco, com a calma de um Lord. Ainda emoldurado pela janela posso agora me ver e sentir nós dois, juntos. Como se me transportasse pelas dimensões em um instante mágico. Meu corpo levita e a alma suspira quando lá, possuindo seu maior bem, ouço seu gemido e o corpo desaguar. Anjos devem ter passado por ali, incensando aquele instante, pleno: era o gozo puro, o vinho seco, o aroma apimentado, e um deus misterioso, lá das profundezas tudo regendo e ao mesmo tempo, consentindo.Ele dizia Amém a cada estocada, ele rezava e oferecia sua boca seguindo como numa dança o movimento combinado dos corpos suados. E dizia que me amava. E eu acreditava, embebedado por cada gota do instante que escoava. Absinto. Tudo transpirava. A temperatura era quente e aconchegante. Um vento parecia enlevar os corpos, agora sem espaço, sem limite, sem roupas, sem nada. Deixei meu corpo se entender com outro corpo, segui o conselho do maior poeta, Drummond. Deixei sim. Porque os corpos se entendem mas as almas não. Até mesmo quando tudo é apenas Sonho...

( Caio Fernando Abreu )

terça-feira, 1 de junho de 2010

I'm not weird. I'm a limited edition.



E olhando em volta de mim eu tenho que dizer que não poderia ser melhor. De todos os perrengues, de todas as lutas - internas e externas -, de todos os corações partidos e vontades agudas depositadas em caixinhas com fita de cetim; eu acabei por sair ilesa. Acabei me tornando alguém muito mais cética, mas ao mesmo tempo mais pé no chão e bem mais madura.
Eu descobri, de verdade, que a vida feita de "se" não era a vida que ia me fazer feliz. Descobri que muitas pessoas chegam, mas que a maioria delas vai embora e não há muito o que se fazer a não ser dizer adeus. Descobri que não há bem maior do que o amor, principalmente o próprio. Descobri que ninguém, nunca, vai ser altruísta ao ponto de deixar de ser feliz pra que você seja feliz, e que ser feliz é muito relativo; portanto as pessoas que mostram ser felizes demais e o tempo todo são, na verdade, as mais tristes de todas.
Aos vinte 'e dois' a madrugada já perdeu um pouco a graça e começou a dar uma vontadezinha besta de aproveitar mais o dia. Aos vinte 'e dois' a criança foi embora e veio chegando um sentimento meio tia. Aos vinte 'e dois' se festa, se estuda, se trabalha - tudo isso sem tanta disposição e inocência, mas com muito mais glamour. Eu que fui uma criança prodígio em muitos aspectos fico muito feliz de saber que cheguei aos vinte 'e dois' sendo, em muitos momentos, uma adulta bem infantil.
A vida passa cheia de coisas na nossa frente e a gente cresce achando que a felicidade é um plano longínquo e futurista, quando na verdade a graça toda da história é a felicidade ser fugaz.
E eu cheguei aos vinte 'e dois' assim, toda cheia de tristeza quando me coube sofrer, mas transbordando de alegria quando o negócio era ser feliz.

( Rani Ghazzaoui )